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Imagens criadas por IAs podem ser consideradas arte?


Criado por: Lavínia Novas, Carolina Kunrath, Francisco Sgura, Vitoria Perez
Responsável: Prof. Fernanda Sgura

O Avanço das Inteligências Artificiais

Como todos sabem, nos últimos anos, as inteligências artificiais vêm transformando não apenas a tecnologia, mas também o mundo da criatividade. Softwares capazes de gerar imagens hiper-realistas, ilustrações no estilo de grandes mestres ou até obras completamente originais estão em alta. Mas surge uma questão que divide opiniões: essas imagens podem ser consideradas arte?

O que é arte?

A definição de arte sempre foi alterada durante o decorrer das décadas. Em diferentes épocas e culturas, o conceito variou desde pinturas rupestres, passando por esculturas clássicas, até artes abstratas e subjetivas. Em muitos casos, o que define uma obra de arte não é apenas a técnica, mas também a intenção e a interpretação que ela provoca no público, certo? Com isso, conclui-se que a arte é um termo subjetivo que pode variar de pessoa para pessoa.

Studio Ghibli

Recentemente, as pessoas começaram a pedir para as IAs criarem imagens no estilo do Studio Ghibli. Com esse cenário, surgiram dois movimentos. De um lado, muitos fãs ficaram encantados ao ver a estética mágica e delicada que lembra os filmes do estúdio em suas fotos pessoais. De outro, houve críticas e polêmicas, já que o Ghibli nunca autorizou o uso de sua identidade visual e muitos consideraram uma forma de apropriação do trabalho artístico original.

Isso levantou debates sobre direitos autorais, ética no uso de IA e se é justo replicar estilos tão marcantes de artistas ou estúdios sem permissão.

Além desse debate, é possível perguntar-se: Essas imagens podem ser consideradas arte?

Então, é arte ou não?

O resultado das imagens até impressiona visualmente, mas levantou uma série de críticas: afinal, a IA não cria nada verdadeiramente novo, apenas imita e recicla trabalhos já existentes. Nesse caso, apropria-se de décadas de dedicação artística de um estúdio renomado, sem autorização, sem contexto e sem respeito ao valor criativo original. Por isso, muitos argumentam que imagens feitas por IA não podem ser chamadas de arte, mas sim de uma reprodução automatizada que falta intenção, emoção e autenticidade.

Como esse repertório pode ser utilizado na redação?

Para usar esse repertório na redação, é importante ficar de olho no tema. Se a proposta falar sobre avanços da IA, impactos da tecnologia, limites do uso de máquinas, originalidade na arte, ética digital, entre outros assuntos parecidos, o caso do Studio Ghibli pode ser um ótimo exemplo.
Imagine que o tema seja “Direitos autorais e ética digital”. Veja como o Studio Ghibli pode aparecer de forma produtiva na introdução:

“A polêmica sobre o uso de Inteligências Artificiais para recriar o estilo visual do Studio Ghibli trouxe à tona importantes discussões sobre os limites da tecnologia na esfera artística. Embora essas produções impressionem pela semelhança estética, surgem críticas relacionadas à falta de originalidade e ao uso indevido de referências sem autorização. Nesse contexto, percebe-se que a expansão das IAs levanta debates sobre autoria, ética e a própria definição do que pode ou não ser considerado arte.”