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Mesmo após cessar-fogo, Israel continua matando civis em Gaza, diz ONU


Criado por: Lavínia Novas, Arthur Giácomo
Responsável: Prof. Gordon

O cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado por Estados Unidos, Egito, Qatar e Turquia, entrou em vigor na Faixa de Gaza com o objetivo de reduzir a violência e permitir a libertação de reféns. O acordo prevê a libertação de 48 pessoas — incluindo 20 que permanecem vivas —, a retirada parcial das tropas israelenses de áreas palestinas e o aumento da entrada de ajuda humanitária.

A importância desse acordo é vista como um passo essencial para amenizar a crise humanitária que assola Gaza e abrir caminho para negociações mais duradouras entre israelenses e palestinos. A trégua, entretanto, também serve como um teste à credibilidade das partes envolvidas e à capacidade da comunidade internacional de garantir o cumprimento dos compromissos firmados.

Apesar das intenções diplomáticas, o Escritório de Direitos Humanos da ONU denunciou nesta quarta-feira (15) que as forças israelenses continuam realizando operações letais em áreas sob sua ocupação. Segundo o órgão, pelo menos 15 civis palestinos foram mortos a tiros desde o dia 10 de outubro, quando o cessar-fogo entrou em vigor. A agência alertou que as ações podem configurar violações graves ao direito internacional humanitário.

Em resposta, Israel alegou que suas operações são “pontuais” e motivadas por questões de segurança. No entanto, a continuidade das mortes de civis coloca em xeque a efetividade da trégua e aumenta a pressão sobre os mediadores internacionais. Especialistas afirmam que, se as violações persistirem, o cessar-fogo corre o risco de se transformar em mais um acordo fracassado em meio a décadas de conflito e desconfiança entre as duas partes.