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Surto de Intoxicação por Metanol no Brasil: O Que se Sabe Até Agora


Criado por: Francisco Sgura
Responsável: Prof. Gordon

O Brasil enfrenta um surto grave de intoxicação por metanol desde o fim de setembro de 2025, com 24 casos confirmados e cinco mortes, principalmente em São Paulo. O problema está ligado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, levando o governo a adotar medidas emergenciais para conter a crise e alertar a população sobre os riscos.

Desde o final de setembro de 2025, o país vive um surto preocupante de intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica quando ingerida. O Ministério da Saúde confirmou 24 casos e cinco mortes, concentradas principalmente no estado de São Paulo. Há ainda diversas ocorrências em investigação, inclusive no Distrito Federal. O problema está diretamente relacionado ao consumo de bebidas falsificadas e comercializadas sem controle sanitário. A gravidade da situação mobilizou autoridades de saúde e segurança.

O metanol é usado na indústria como solvente e combustível, mas sua ingestão é extremamente perigosa. No organismo, ele se transforma em ácido fórmico, podendo causar cegueira, danos neurológicos, coma e morte. Os sintomas aparecem algumas horas após o consumo e incluem visão turva, náuseas, vômitos, dor abdominal e confusão mental. Mesmo pequenas quantidades já podem provocar intoxicação severa. Por ser mais barato que o etanol, o metanol costuma ser usado ilegalmente para adulterar bebidas alcoólicas.

O caso que ganhou destaque nacional foi o do rapper Hungria, inicialmente associado à intoxicação por metanol após exames detectarem a substância. Contudo, especialistas descartaram essa hipótese como causa dos sintomas. O episódio evidenciou a complexidade no diagnóstico clínico e laboratorial da intoxicação, além dos riscos de interpretações precipitadas. Essa situação reforçou a importância de análises criteriosas e da confirmação oficial dos casos pelas autoridades de saúde.

Para conter o surto, o Ministério da Saúde mobilizou recursos emergenciais e adquiriu 2.500 unidades do antídoto fomepizol, tratamento mais eficaz contra os efeitos tóxicos do metanol. As doses foram distribuídas prioritariamente aos estados com maior número de casos, como São Paulo, que recebeu 288 unidades. Além do fomepizol, também foi disponibilizado etanol farmacêutico, alternativa terapêutica em situações emergenciais. Ambos os tratamentos impedem a transformação do metanol em compostos tóxicos.

O Ministério publicou ainda uma nota técnica com orientações para profissionais de saúde, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do início rápido do tratamento. Em casos graves, a hemodiálise pode ser necessária para remover o metanol e seus metabólitos do sangue. A atuação rápida é fundamental para evitar sequelas graves ou mortes. Paralelamente, as autoridades sanitárias intensificaram ações de rastreamento das bebidas contaminadas e dos responsáveis pela adulteração.

O Ministério publicou ainda uma nota técnica com orientações para profissionais de saúde, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do início rápido do tratamento. Em casos graves, a hemodiálise pode ser necessária para remover o metanol e seus metabólitos do sangue. A atuação rápida é fundamental para evitar sequelas graves ou mortes. Paralelamente, as autoridades sanitárias intensificaram ações de rastreamento das bebidas contaminadas e dos responsáveis pela adulteração.