Governo vai acabar com uso obrigatório da poupança no crédito imobiliário até 2027
Responsável: Prof. Gordon
O governo federal anunciou que vai encerrar, até janeiro de 2027, a obrigatoriedade de que os bancos utilizem 65% dos recursos da caderneta de poupança para financiar imóveis. A mudança será feita de forma gradual, com a exigência sendo reduzida a partir dos próximos anos até atingir 15%.
Atualmente, a regra obriga os bancos a direcionarem a maior parte dos depósitos da poupança para o crédito imobiliário, principalmente para financiar a compra da casa própria. Essa medida garante um volume fixo de recursos para o setor habitacional, sendo uma das principais fontes de financiamento para imóveis no Brasil.
Segundo o Ministério da Fazenda, a mudança tem como objetivo modernizar o sistema de crédito, dar mais flexibilidade aos bancos e adaptar o uso da poupança à nova realidade do mercado, em que os brasileiros estão preferindo aplicações mais rentáveis. Com a flexibilização, os bancos poderão direcionar os recursos da poupança para investimentos mais lucrativos do que o financiamento imobiliário tradicional. Na prática, isso pode permitir o pagamento de rendimentos mais altos aos poupadores, tornando a poupança mais atrativa como forma de investimento.
Em teoria, tal medida tem potencial para impactar o financiamento habitacional, principalmente fora dos programas sociais como o Minha Casa Minha Vida. Especialistas também alertam para o risco de redução na oferta de crédito e possivelmente um aumento nos juros de financiamentos imobiliários. Por outro lado, o governo promete criar alternativas para garantir recursos ao setor imobiliário e aposta que a mudança pode tornar a poupança um investimento mais competitivo no futuro sem prejudicar os financiamentos.
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